
O assunto da Newsletter deste mês surgiu de um bate papo com uma profissional que me enviou uma mensagem assim "Patricia, você tem algum material específico para 5 porquês? Eu sei a teoria, mas o meu não funciona. Não consigo encontrar essa causa raiz".
Depois de uns minutinhos de conversa, pensei em 6 possíveis motivos para o 5 porquês não funcionar a partir da minha experiência profissional. É interessante como esta é uma ferramenta simples, mas na teoria.
Vamos lá: teoricamente, a partir da definição do problema, você pergunta 5 vezes o motivo do problema ter acontecido de forma sequencial e pronto, você encontra a causa raiz do problema. E com a causa raiz em mãos, é possível construir um plano de ação eficaz para que o problema não aconteça novamente.
Mas na parte prática, o que pode dar errado?
Essas foram as minhas reflexões:
1 - Se o 5 porquês começa a partir da definição de um problema, defina este problema da melhor forma possível: evite o óbvio e escreva todo o contexto onde o problema está inserido. Se as fronteiras de um problemas não forem inseridas, a análise de causa fica extensa e muito mais difícil de resolver por se tornar abrangente demais.
Exemplo: Qual problema é mais fácil analisar:
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Relatório foi emitido para o cliente com erro
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Relatório de desempenho de Julho de 2020 do projeto alfa foi emitido por e-mail com erros de cálculo no indicador de retrabalho na engenharia para o cliente
2 . Tenha calma. Eu penso que um momento de análise de causa raiz é um momento de reflexão. Lembrem de ir passo a passo "baby steps" nos 5 porquês, não pulem etapas, não façam deduções, analisem todo o contexto relacionado a aquela pergunta. É comum ter uma vida tão corrida, que não há tempo disponível para analisar com foco em encontrar a causa raiz.
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Durante o uso dos 5 por quês, é bem possível que uma pergunta gere 2 respostas, que destas gerem mais 4 respostas e a causa raiz viram várias raízes em uma grande árvore. Se organizem e desenhem esse caminho de pensamento. Algumas empresas utilizam o brainstorming, outras a "árvore de falhas" e outras o "mind map".
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